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Inspirando comunidade benedense a dar mais apoio ao segmento LGBTQIAPN+

VÍNCULO repercute, com Comissão de Afinidade LGBTQIAPN+,  evento realizado no BNDES em 25/6 sobre empregabilidade e acolhimento

Fotos: Rossana Fraga | Divulgação BNDES

VÍNCULO 1601 – Na tarde do dia 25 de junho, o mês do Orgulho LGBTQIAPN+ foi celebrado no Teatro do BNDES com um evento sobre empregabilidade e acolhimento, apontando caminhos para a construção de uma sociedade mais inclusiva e o papel que o Banco pode desempenhar em relação ao tema.

O evento, organizado pela Comissão de Afinidade LGBTQIAPN+, formada por empregados da instituição e apoiada pela AFBNDES, contou com painéis de debate, depoimentos, apresentação da peça “Eu sempre Soube”, com a atriz Rosane Gofman, e sorteio de livros.

Em seguida, VÍNCULO entrou em contato com o diretor de diversidade da Associação, Paulo André Ortega, para repercutir o evento. As respostas a seguir são da Comissão LGBTQIAPN+:

VÍNCULO –  O que vocês especialmente destacam no evento realizado no dia 25/6, intitulado “Orgulho de ser: Empregabilidade e Acolhimento LGBTQIAPN+”?

Comissão – O evento contou com uma parte de sensibilização e uma parte de reflexão sobre a atuação do Banco no segmento LGBTQIAPN+. Trouxemos a peça “Eu Sempre Soube”, encenada pela atriz Rosane Gofman, que deixou a plateia bem emocionada em vários momentos. Ao abordar a questão LGBTQIAPN+ pela ótica da família, na visão da mãe de uma pessoa LGBTQIAPN+, a peça trouxe a reflexão para um espaço mais próximo da realidade de muita gente aqui do Banco. Depois da peça, o empregado Anderson Melo, pai de filho trans, compartilhou com todos a visão de um pai por meio de uma fala espontânea e emotiva.

Além disso, pela primeira vez trouxemos para o debate da casa um tema diretamente ligado ao movimento LGBTQIAPN+, com a presença de três especialistas em empregabilidade LGBTQIAPN+ e com provocações sobre como o BNDES poderia apoiar iniciativas nesse segmento. Foram citados como exemplos práticas da B3, como o índice IDIVERSA, programas para serem implementados em empresas, como o Jovem Aprendiz Trans, práticas adotadas por cidades, como o Transcidadania, entre outros. São todas iniciativas que deveriam inspirar o BNDES a pensar apoios semelhantes ou reforçar projetos externos já existentes.

V – Os eventos do ano passado e o desta semana foram muito bem organizados, com convidados de valor e um olhar plural: para dentro da casa e para fora. Vocês, da Comissão, já estão pensando numa próxima iniciativa?

C – Acreditamos que cada vez mais precisamos trazer o debate do apoio ao segmento LGBTQIAPN+ para dentro da casa. Gostaríamos de inspirar os benedenses a pensar, em seu dia a dia, em como novos produtos, iniciativas, políticas públicas podem apoiar esse segmento. Para isso, precisamos trazer exemplos de empresas, ONGs, ações de estados e municípios que já trabalham com esse foco e construir esse olhar dentro do BNDES. O governo federal já iniciou a construção de políticas públicas para o tema, como o Programa Empodera+ recentemente lançado, e o BNDES pode ser um grande ponto de apoio. Assim, pensamos em trazer eventos mais curtos com foco nesse tipo de debate prático, fomentando as áreas do Banco a estruturarem ações para o apoio à comunidade LGBTQIAPN+.

V – A diretora Helena Tenório disse, durante o evento do dia 25, que é necessário valorizar os avanços – “porque retroceder é muito fácil”. Então, dentro da ação institucional no BNDES em relação à pauta da diversidade e da inclusão, o que vocês destacariam como o avanço mais relevante?

C – O avanço mais relevante é o espaço para debatermos esse tema dentro da casa. Tanto com o olhar para dentro, pensando nos empregados do BNDES, no ambiente de trabalho mais acolhedor para esse grupo historicamente invisibilizado, tanto para fora, quando começamos a entender que o BNDES tem um papel fundamental em iniciativas externas relacionadas ao tema. Com esse novo espaço, avançamos com a modernização do código de vestimenta, que se fundamentou na necessidade da expressão de gênero, num mundo muito mais diverso que o binário, no qual estavam assentadas as regras que foram revogadas. Assim, empregados, estagiários, terceirizados, jovens aprendizes, principalmente pessoas trans ou não binárias, passam a ter a garantia de poderem se expressar da forma com a qual se identificam.

V – Por fim, para vocês qual é o grande desafio no Banco na pauta relacionada à comunidade LGBTQIAPN+?

C – As iniciativas mais acolhedoras e inclusivas, que são ocasionalmente discutidas no Banco, ainda esbarram em uma certa mentalidade, comum no corpo funcional, permeada de medo da mudança e de uma falta de compreensão das questões da comunidade LGBTQIAPN+. É preciso um trabalho forte de letramento, de sensibilização, mas também de apoio às pessoas aliadas, que compreendam que inclusão é um trabalho de todes nós e para todes nós e não apenas da Área de Recursos Humanos e das comissões de diversidade da AFBNDES. Não é coerente discutirmos tanto o tema da inovação, na casa, e adotarmos uma postura refratária à criação de um ambiente diverso, mais produtivo e criativo. É papel da instituição encontrar os meios para a criação desse ambiente, de forma proativa, sem que o receio da resistência ou reação negativa de parte do corpo funcional determine quais ações podem ser implementadas. Além disso, ter uma casa mais preparada para a chegada de novos colegas, do novo concurso, será muito importante.

Programação do evento do dia 25 de junho:

– Abertura: Avanços do tema no BNDES – com Helena Tenório, Diretora de Pessoas, TI e Operações do BNDES.

– Painel 1: “Empregabilidade LGBTQIAPN+”

• Alexandre Kiyohara (Head de Diversidade, Equidade e Inclusão da B3);

• Raquel Teodósio (Consultora de Recrutamento e Seleção na Cogna Educação);

• Thays Toyofuku (Consultora de Diversidade, Equidade e Inclusão);

• Moderador: Thássio Ferreira (BNDES).

– Apresentação da peça “Eu Sempre Soube”, com Rosane Gofman – Texto e direção de Marcio Azevedo

A peça, que aborda  o universo das mães de pessoas LGBTQIAPN+, já fez oito temporadas no Rio de Janeiro, duas em São Paulo e também passou por outras cidades do país. Conquistou vários prêmios, como Funarte Dramaturgia 2018, melhor atriz prêmio Profest de Teatro 2020 e Cenyn de melhor monólogo 2019. 

– Painel 2: “Acolhimento LGBTQIAPN+”

• Rosane Gofman (atriz e produtora);

• Mães do grupo Mães pela Diversidade;

• Anderson Melo, empregado do BNDES.

 – Sorteio de livros da peça

– Link para acesso ao vídeo do evento:

https://web.bndes.gov.br/aprendizagem/course/view.php?id=457

Veja também…

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Orgulho de ser e pertencer – visibilidade LGBTQIA+ no BNDES. Um evento histórico!

Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+ – histórico

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