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Vice-presidente da AFBNDES faz balanço da participação da entidade na Flip 2023

Jailson Souza, Rosana Miranda, Juliana Furno e Pauliane Oliveira

VÍNCULO 1571 – A vice-presidente da AFBNDES, Pauliane Oliveira, esteve presente na 21ª Festa Literária Internacional de Paraty, que agitou a cidade da Costa Verde do Rio de Janeiro de 22 a 26 de novembro. A Flip contou com movimentos parceiros, que habitaram casas, barcos e espaços ao ar livre com programações plurais e independentes. Entre os espaços parceiros fizeram bonito a Casa Queer e a Casa Poéticas Negras, ambas com apoio institucional da AFBNDES. Pauliane fala, a seguir, da rica experiência.

VÍNCULO – Após acompanhar, in loco, a Festa Literária de Paraty, qual foi a importância, para você, da participação da AFBNDES no evento?

Pauliane Oliveira – Fazia algum tempo que a Diretoria da AFBNDES sentia a necessidade de dar uma contribuição cultural à sociedade, extrapolando os muros do BNDES, considerando que somos a Associação dos Funcionários do Banco de Desenvolvimento do Brasil, e que não há desenvolvimento sem cultura. Faltava a gente dar esse passo. Entendemos que a AFBNDES também deve ser reconhecida pela sua contribuição ao desenvolvimento econômico e sociocultural do país. E a Flip, sendo um dos mais importantes eventos literários da América Latina, nos pareceu um bom caminho. Foi muito gratificante ver a Associação como um dos participantes ativos na Festa Literária de Paraty.

V – Como você viu a programação da Casa Poéticas Negras e da Casa Queer, ambas apoiadas pela Associação, em conexão com a política atual da entidade de valorização da diversidade e da inclusão no BNDES?

Pauliane Oliveira e Ângela DaCor

Pauliane Oliveira – Os debates foram riquíssimos nas duas casas. Os temas envolvendo questões de gênero/LGBTQIA+ e de raça/cor/etnia, bem como as demais nuances da diversidade, tiveram grande espaço e procura em toda a Flip. A Casa Queer, como primeiro espaço do gênero na Festa Literária, atendeu a uma demanda necessária, com bastante movimento e uma multiplicidade de temas em debate. Também houve saraus, exposições e exibição de filmes. É difícil destacar um momento especial dentre tantos que vivi lá, mas ressalto a poesia apresentada por uma pessoa trans ao final de uma mesa, que fez vários dos presentes se emocionarem muito e eu fui uma delas. Poesia linda, forte e potente. E a AFBNDES estava lá, sendo lembrada a todo momento como uma das responsáveis por aquilo tudo estar acontecendo. Fiquei muito orgulhosa da Associação e feliz por fazer parte dela e dessa posição oficial anti-homofobia, antitransfobia e afins.

A Casa Poéticas Negras, já veterana na Flip, é uma verdadeira fonte de energia ancestral, compartilhada por todas as pessoas que lá circulavam. Sua programação afro-indígena fez o espaço vibrar o tempo inteiro com debates, descobertas, apresentações que nos fizeram pensar e repensar o tempo inteiro. Com o tema Letramento Racial, podemos dizer que tivemos um curso completo, pois cada mesa trazia uma aula cheia de ensinamentos e questões para levarmos para a vida, embora esse aprendizado seja sempre contínuo. Saímos de lá com a certeza de termos aprendido muito e dado mais um passinho nessa caminhada de luta antirracista.

V – Tratando, em particular, da mesa “Patriarcado e racismo não combinam com desenvolvimento e revolução democrática”, organizada pela Casa Poéticas Negras e pela AFBNDES, como você avaliou o seu resultado?  

Thassio Ferreira, Rosana Miranda, Fernando Henrique e Pauliane Oliveira

Pauliane Oliveira –  Acredito que a gente tenha conseguido alcançar nosso objetivo com as exposições e provocações dos nossos convidados, que encadearam suas falas de uma forma bem estruturada, começando pela Juliana Furno falando da questão histórica e econômica envolvendo nossa construção social e o impacto do patriarcado e racismos; passando pelo Jailson de Souza em sua análise do racismo patrimonial, que sempre limitou ou até negou o acesso ao crédito às pessoas negras, de como um banco como o BNDES historicamente fez parte dessa estrutura e de como se propõe atualmente a ser parte importante na solução; e fechamos com a fala emocionada – e que emocionou ao público presente – da Rosana Miranda, sua trajetória como mulher negra e PCD, na vida e no BNDES, e também como podemos daqui de dentro fazer esse enfrentamento em prol de uma sociedade melhor. Tivemos casa cheia e abrimos espaço para a participação dos presentes.

Por fim, aproveito para deixar um agradecimento especial aos três colegas, à Angela DaCor, coordenadora da Casa Poéticas Negras, que nos acolheu e proporcionou a realização dessa mesa, e ao colega benedense Thassio Ferreira, que coordenou a Casa Queer.

V – Você já vê algum desdobramento dessa experiência?

Pauliane Oliveira – Sim, já temos algumas ações previstas em conjunto com a Casa Poéticas Negras, que tem atuação permanente em Paraty, das quais destaco a realização de um clube do livro –nos moldes do que ocorreu em novembro com a mediação do Thassio Ferreira (Casa Queer) – com a curadoria da casa a ser realizado no primeiro semestre de 2024.

Também estamos buscando descontos para os nossos associados junto às editoras apoiadoras das duas casas. Para além dessas ações, estamos em conversas para outras ações, talvez até uma presença ainda maior na Flip 2024. Várias ideias estão surgindo… Podemos começar com um papo aberto com os associados sobre cultura e desenvolvimento como pontapé inicial. Vamos ver.

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