VÍNCULO 1320 – Desde julho de 2016, o atual grupo que está à frente da AFBNDES tem trabalhado para criar um espaço de debate e de livre expressão de opiniões no BNDES. Privatização, TJLP versus TLP, política econômica, planejamento estratégico e reestruturação do Banco, previdência social, mudanças na Fapes, plano de saúde, destino da Embraer, Eletrobrás e muitos outros temas foram objeto de seminários, debates com a Diretoria do BNDES, artigos de opinião e editoriais no VÍNCULO.
Nosso jornal sempre esteve aberto às opiniões dos funcionários do Banco, técnicos e executivos, liberais ou desenvolvimentistas. Nossos dirigentes – presidente, diretores e superintendentes – foram alvo de críticas, às vezes duras, em nossos editoriais. Se prezamos pela franqueza e firmeza na defesa de nossas posições, nunca abrimos mão de, ao mesmo tempo, manter a elegância e o respeito no tratamento com quem divergimos. Acreditamos que contribuímos para o desenvolvimento de uma cultura de debate na Casa. Cultura na qual o que tem que ser valorizado é o debate honesto e público, olho no olho, entre os colegas.
Não podemos abrir mão dessa postura, não importa qual governo assuma. E não abriremos. Vamos nos manter como uma instituição independente e responsável. Em defesa do BNDES e de seus funcionários.
Semana passada estivemos com os membros da Comis-são de Ética do BNDES e tratamos de desafios futuros que vislumbramos nos diferentes cenários que as duas candidaturas colocam sobre a atuação da AFBNDES. Foi um encontro muito positivo, de convergência entre a Associação e a Comissão de Ética sobre a necessidade de reafirmar princípios em defesa da liberdade de manifestação e de combate a qualquer prática de perseguição na Casa.
A AFBNDES também tem uma atuação fora do espaço do BNDES como instituição da sociedade civil brasileira. Estivemos presentes na luta pelas Diretas Já! nos anos 80. Temos orgulho de dirigirmos uma entidade que lutou pela democracia, e pretendemos honrar essa tradição. Estaremos ao lado dos que entendem que não há futuro sem democracia, pois não há mal no nosso regime político que justifique abrirmos mão do que conquistamos a duras penas.
A Diretoria da AFBNDES