Mesa PAS
VÍNCULO 1335 – Na última terça-feira (26) realizou-se reunião da Mesa PAS, que estuda questões relacionadas ao Plano de Assistência e Saúde dos empregados e aposentados do Sistema BNDES. No editorial do VÍNCULO 1332, de 7/2/2019, já tínhamos defendido a importância da retomada desta Mesa.
Entre os temas discutidos na reunião, a questão dos ajustes no Plano de Saúde demandados pela Resolução CGPAR 23. Em breve, a AFBNDES convocará uma plenária para discutir o tema com o conjunto dos usuários do PAS. Cabe aqui adiantar que nossa ação está organizada em três frentes: pelas vias legal e parlamentar, estamos juntos aos que contestam a Resolução. A terceira frente é a da negociação interna com o Banco. Nesta não vemos outra saída que não seja a de sermos realistas e negociar dentro do espaço estabelecido pela Resolução, procurando usar bem o período de ajuste que temos pela frente até sua aplicação plena. Na negociação temos um foco claro: a manutenção da autogestão do Plano de Saúde. Esse é o arranjo institucional mais favorável à comunidade benedense e à Administração do BNDES e conta com o apoio de todos os envolvidos na Mesa – inclusive os representantes da Diretoria da FAPES e da AARH. Trata-se da saída que todos consideram não apenas tecnicamente viável, como a melhor disponível.
Dado esse amplo consenso, resta o posicionamento puramente ideológico que pode surgir contra o modelo atual do Plano de Saúde. Não assistiremos parados à perpetração do que só poderá ser entendido como um capricho ou arbitrariedade. Nossa resposta só poderá se dar com a mobilização massiva dos empregados e aposentados.
Eleições para a FAPES
O VÍNCULO traz, nesta edição, um caderno especial sobre as eleições para os conselhos Deliberativo (CD) e Fiscal (CF) da FAPES. A AFBNDES aproveita a oportunidade para desejar sorte aos candidatos. Decidimos por não apoiar nenhum candidato específico, mas apoiamos que o representante dos ativos no CD seja um candidato associado ao grupamento dos “porta-joias”. Estamos satisfeitos que esse seja o caso dos dois candidatos titulares que estão disputando as eleições.
Aproveitamos para enfatizar que o Acordo na Mesa FAPES teve como um dos compromissos a resolução definitiva da questão da “joia”. Estava claro para todos que fizeram parte da Mesa que essa ação dependia de um desempenho superavitário do PBB em 2018. A correção do déficit, aprovada por unanimidade na Mesa, envolveu a totalidade do déficit mensurado, ou seja, foi feito o máximo ajuste possível. Entre as razões pelas quais apoiamos essa medida, estava a de resolver a questão da “joia”. Infelizmente, apesar do esforço, o plano terminou com déficit em 2018. Não temos nenhuma razão ou evidência para atribuir isso à má-fé dos que participaram da Mesa FAPES. Não havia nada facilmente antecipável que prometia gerar o resultado que veio a se observar.
Entendemos que o ajuste não resultou em completa frustração para o grupamento dos “porta-joias”, pois a FAPES noticia que a correção do déficit gerou algumas reduções substanciais da “joia” (em média de 37%, tendo casos de redução de 80%).
Para a AFBNDES, o Acordo de 2018 da Mesa FAPES não estará cumprido enquanto não resolvermos o problema dos “porta-joias”. Nesse sentido, para aumentar a probabilidade de uma resolução da questão no menor prazo possível, é importante que seja estabelecido o compromisso de que nenhuma mudança de parâmetro no PBB que tenha impacto negativo seja realizada antes de se eliminar a diferenciação no cálculo da “joia”. Esse é o compromisso que esperamos estabelecer com os demais participantes da Mesa FAPES – e é o único que nos parece consequente com o compromisso assumido no Acordo da Mesa FAPES de 2018.
Redes sociais
Finalmente, lamentamos que tantos empregados e aposentados do BNDES continuem a usar as redes sociais de forma não responsável. Reverberando rumores, fazendo acusações levianas, apenas geram pânico e apatia no Banco. Esse não é o caminho. A AFBNDES se propõe a encaminhar reclamações, apurar denúncias e muitas vezes reunimos informações para contradizer fake news. Mas não são apenas notícias falsas que são propagadas por aí. Há muita opinião que é expressa em rede social que evita o VÍNCULO. Perguntamos o motivo. Algum leitor poderia imaginar censura. Esclarecemos: ela não existe. Há, por exemplo, quem critique o Acordo da Mesa FAPES nos corredores e nas redes sociais. Por que não fazer isso por meio do jornal, de modo a suscitar um debate sério, produtivo entre os funcionários, ao invés de suspeitas vãs?
Alguém pode admirar um parlamentar que não usa seu espaço democrático no Parlamento para apresentar opiniões e debater com os colegas, e ao mesmo tempo se expressa intensamente pelas redes sociais em pequenas mensagens? Por que então na nossa prática cotidiana adotamos tal postura como modelo?
Bom carnaval para todos.