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No sucesso da segunda Mesa FAPES, a resolução da questão dos “porta-joias”

VÍNCULO 1487 – Foi um longo processo. Após várias consultas e reuniões com os colegas benedenses, estamos prontos para nos posicionar definitivamente e convocar empregados e aposentados do BNDES para nos dar respaldo. Acreditamos que será possível um grande consenso em torno de uma proposta concreta. 

Defendemos que seja aprovada a mudança no cálculo do SRB (Salário Real de Benefícios) de 12 para 36 meses e que os recursos atuariais gerados por essa alteração sejam destinados a equalizar a joia. A diferença remanescente para permitir a total equalização deverá ser aportada pelo BNDES.

Com isso, concretizamos a modificação que a atual Administração do Banco quer implementar no Plano Básico de Benefícios (PBB) e resolvemos de uma vez por todas a questão dos “porta-joias”.  

Nosso Plano de Previdência sairá desse processo mais forte e protegido das investidas patrimonialistas e não republicanas.

Daremos fim à falta de isonomia que divide os participantes e perpetua uma grande injustiça. Os benedenses sairão mais unidos, mais vinculados por um fundamental gesto de solidariedade.

Estaremos mais capazes de nos organizar para acompanhar a FAPES em períodos de dificuldade.

O PBB, que conta com o compromisso do BNDES, se consolidará como o Plano de Previdência dos benedenses.

O BNDES, como já foi dito, implementará a mudança no cálculo que propôs à FAPES e reduzirá sua contribuição. A redução que obterá na contribuição por conta da paridade dos “porta-joias” será bastante superior ao aporte complementar que terá que fazer para permitir a equalização total da joia.

Nosso objetivo foi o de construir uma proposta que possa ser apoiada pela imensa maioria dos benedenses. O Conselho Deliberativo da FAPES vai ser convocado para tomar uma decisão a respeito – e eles precisam, para a sua própria proteção, de um indicador expressivo de que a mudança que aprovarão refletirá a opinião da grande maioria dos participantes.

Os aposentados, por sua vez, ficarão fora do ajuste. Não precisarão fazer nenhuma contribuição, considerando que não será necessário nenhum aporte financeiro direto ou indireto.

São os colegas ativos que estão fazendo a quase totalidade do esforço necessário para resolver um pequeno ajuste para a maioria, mas que significará um grande alívio para colegas que trabalham ao nosso lado todos os dias. Trata-se de uma pequena alteração, mas essa alteração não tem precedente na história dos empregados do Banco. É um gesto de solidariedade sem paralelo. Mas não é só isso, pois além da solidariedade, tal mudança se mostra fundamental para garantir a solidez do nosso PBB.

Dos nossos colegas “porta-joias” esperamos, em contrapartida, o fim da busca por uma solução jurídica para o problema. Uma ameaça judicial deixará de assombrar o PBB. Esses colegas contribuíram por 10 anos substancialmente a mais do que nós e estão aceitando um acordo em que essa contribuição adicional não seja mais objeto de querela jurídica.

Sabemos que muitos aposentados, certamente a maioria, gostariam de poder contribuir de alguma maneira para esse ajuste. A maioria sabe que o desastre da “superjoia” é de responsabilidade de um grupo de benedenses e que os mesmos hoje se encontram aposentados. Alguns deles, provavelmente os responsáveis diretos pela “superjoia” ou por esses influenciados, têm agido sistemática e ruidosamente para impedir a solução do problema, como se quisessem fazer de todos cúmplices do erro cometido no passado. 

Alguns chegaram a fazer aberta campanha de desfiliação da AFBNDES tão somente porque colocamos em discussão a solução do problema da joia!

Vejam a gravidade! Em meio a um histórico movimento de resistência aos ataques desferidos contra o corpo funcional e à instituição BNDES, diante de uma diretoria empenhada em inviabilizar o quanto possível o Banco, esses colegas agem como se essas questões não interessassem e priorizam uma mobilização focada na economia de tostões.

Para evitar que esse grupo coloque em jogo a unidade dos benedenses e a solidez do nosso plano, formulamos uma proposta em que os aposentados, repetimos, não precisarão fazer qualquer contribuição para resolver o problema da joia.

Em contrapartida, esperamos que a grande maioria dos colegas aposentados nos apoie na resolução desse problema que nos foi legado, não se deixando levar por grupos que apostam na desunião. E àqueles colegas que sistematicamente estão se colocando contra qualquer solução, pedimos que repensem, e que não trabalhem contra a solução proposta, pois além da resolução do problema, temos que apostar na união e não nas desavenças. Essa solução é boa para o plano, mais do que para qualquer grupo individualizado.

Esperamos um horizonte melhor no próximo ano. Torcemos pela sabedoria do povo brasileiro. Mas não podemos contar com o duvidoso. O setor público continua sendo alvo prioritário de ataques. Boa parte de interesses capitalistas pesados, de forma interessada, defendem o enriquecimento por meio de privatizações e do desmonte de instituições estatais. O discurso é o da eficiência do setor privado. Mas a realidade é que apenas poucos enriquecem e a economia brasileira permanece mergulhada na falta de infraestrutura e no crescimento medíocre. Empregos se deterioram e estruturalmente nos tornamos um país pobre e sem futuro.

Associação dos
Funcionários do BNDES

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