
VÍNCULO 1592 – Por que Trump desponta como favorito? O que explica a fraqueza de Biden mesmo com resultados econômicos positivos? Uma vitória de Trump acarretaria um recrudescimento da onda mundial de extrema direita? Quais seriam os impactos geopolíticos e no Brasil? Esses questionamentos estão presentes no Jornal dos Economistas, edição de maio/2024, publicado pelo Corecon-RJ.
Fabricio Pontin, da Unilasalle, e Tatiana Vargas-Maia, da UFRGS, perguntam: “Em um contexto em que eleitores progressistas parecem desmotivados, eleitores ao redor do país votam com sua dor e eleitores antissistema reafirmam sua crença, o que sobra para Biden?”
Flávio Miranda, da UFRJ, afirma: [Ainda] é a economia, estúpido! Ele julga que seria injusto cobrar da classe trabalhadora estadunidense fidelidade aos Democratas. “Uma nova vitória de Trump seria um impulso para a extrema direita no mundo”, diz.
Ellen Tristão, da UFVJM, avalia que a miséria humana (material e espiritual) produzida pelo capital abre espaço para a ideologia neofascista ser a única adequada aos tempos de crise climática, miséria, guerras e violência.
Debora Gaspar, da UFRRJ, e Filipe Mendonça, da UFU, ressaltam que está mais do que evidente que a crise da democracia liberal norte-americana é real. “Uma das faces da crise é a tendência a um isolacionismo à la carte do país”, ressaltam.
Francisco Carlos Teixeira, da Eceme, destaca que Trump, se reeleito, tende a descontinuar o apoio dos EUA à Ucrânia e reorientar sua preocupação estratégica em direção a “conter” a China.
Plínio de Arruda Sampaio Jr., do Contrapoder, acredita que a sociedade norte-americana se encontra no epicentro da crise estrutural do capitalismo mundial. Para ele, o mito do crescimento como panaceia para os problemas sociais perdeu eficácia.
Rubens Sawaya, da PUC-SP, enfatiza que o surgimento de Trump é resultado do empobrecimento, exclusão social e desindustrialização nos EUA, provocados pelo neoliberalismo. “Se Trump for eleito, a única saída contra o fortalecimento da extrema direita no Brasil é o crescimento econômico soberano” defende.
Joana Salém, da UFABC, aponta que, entre um extremista de direita e um gestor do imperialismo “as usual”, os estadunidenses aprofundam sua crise estrutural. “Nós, latino-americanos, sofreremos as consequências”, afirma. Para acessar o JE, clique aqui.