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Como destravar o crescimento é a pauta do Jornal dos Economistas

Na edição de agosto do Jornal dos Economistas (JE), publicado pelo Corecon-RJ, articulistas convidados analisam as razões para décadas de baixa expansão econômica e apresentam propostas para que o Brasil cresça de forma sustentável, com distribuição de renda e respeito ao meio ambiente.

Marcio Pochmann, novo presidente do IBGE, defende que o Brasil tome a decisão política de reduzir a taxa real de juros, elevada desde o início do Plano Real, tornando-a compatível com o retorno do investimento, o que é necessário para o fim da já longa estagnação de sua economia.

O ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira afirma que o populismo cambial, o populismo fiscal, os variados subsídios e a captura do patrimônio público via taxa de juros elevada impedem que o Brasil se desenvolva.

Carlos Pinkusfeld Bastos, do IE/UFRJ, e Fernando Maccari Lara, da Unisinos, destacam que a desaceleração do crescimento após 2015 aconteceu devido a questões políticas domésticas. “Somos capazes de tolerar as mudanças sociais e políticas que precisam acontecer em um dos países mais desiguais do mundo?”, questionam.

Ladislau Dowbor, da PUC-SP, aponta que as medidas para destravar o desenvolvimento podem ser resumidas em quatro eixos: inclusão produtiva, racionalização financeira, modernização da gestão e ampliação da base política.

Eliane Araujo, da Universidade Estadual de Maringá, e Samuel Peres, da Ufrgs, chamam a atenção para a importância da industrialização, sobretudo a baseada em alta e média-alta tecnologia, para o desenvolvimento econômico sustentável.

Luciana da Silva Ferreira e Roberto de Souza Rodrigues, da UFRRJ, propõem repensar a importância do Estado como protagonista e planejador de programas de desenvolvimento a partir de gastos em consumo e investimento que levem em conta metas de crescimento e distribuição de renda.

Rosa Maria Marques e Julio Manuel Pires, da PUC-SP, advogam que o Estado assuma o papel de coordenador e instigador do desenvolvimento econômico, por meio de uma política fiscal mais ativa e da utilização do investimento público.

Carmem Feijo, da UFF, acredita que só o Estado é capaz de coordenar as expectativas dos agentes privados para guiá-los na direção de um crescimento robusto, ambientalmente sustentável e socialmente justo.

Para acessar o PDF do JE, clique aqui.

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