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Temas de conjuntura no radar da Conferência Nacional dos Bancários

Com o mote “Brasil sempre democrático, com distribuição de renda, direitos, emprego decente e proteção ao meio ambiente”, evento foi realizado em São Paulo no último final de semana

Vice-presidente da AFBNDES, Pauliane Oliveira participou da conferência como convidada da Contraf-CUT

Vice-presidente da AFBNDES, Pauliane Oliveira participou de Conferência dos Bancários em São Paulo. Na foto, com bancários do Rio | Foto: reprodução

VÍNCULO 1555 – A 25ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada no último final de semana, em São Paulo, refletiu sobre temas da conjuntura nacional, já que este ano não haverá negociações com os bancos. A Convenção Coletiva de Trabalho, aprovada em 2022, tem validade até agosto de 2024.

Foram debatidas e aprovadas resoluções e moções sobre temas relevantes para a categoria e para a classe trabalhadora como um todo, como a luta por uma reforma tributária com tributação progressiva, que promova a distribuição de renda, onere os mais ricos e promova isenção maior para os mais pobres; tributação sobre latifúndios e grandes fortunas; e a isenção da Participação nos Lucros e Resultados.

Entre outros temas debatidos na conferência, esteve a defesa de um país mais democrático, socialmente justo e ambientalmente sustentável. “Uma democracia sólida, que garanta direitos e liberdades individuais, assim como a participação ativa dos cidadãos na tomada de decisões. Uma democracia com políticas públicas orientadas para a redução das desigualdades sociais e que proporcionem igualdade de oportunidades para todos, independentemente da origem social, raça, gênero ou religião. Uma democracia que adote políticas de conservação dos recursos naturais, com redução das emissões de gases que causam efeito estufa, promovam o uso das energias renováveis, a preservação da biodiversidade e a promoção do desenvolvimento sustentável em todas as áreas e promovam a transição para uma economia verde, com estímulo à pesquisa e desenvolvimento de tecnologias”, destacou a Contraf-CUT em seu site.

Também houve apoio à aprovação de uma reforma sindical para fortalecer a organização dos trabalhadores; e o apoio à aprovação do projeto de regulamentação das plataformas digitais, para que haja a garantia da proteção dos direitos e privacidade dos usuários, com ambiente mais seguro contra abusos, assédio, discurso de ódio e outros conteúdos prejudiciais à vida em sociedade. Mas também para que as plataformas sejam tributadas de acordo com a atividade econômica que realizam, evitando evasão fiscal e garantindo a arrecadação de recursos para o Estado.

Uma das propostas aprovadas tem relação com o fortalecimento de “comitês de luta” e de “brigadas digitais da classe trabalhadora”, para que o movimento sindical aumente sua participação e sua influência nas questões sociais, políticas e econômicas em debate na sociedade.

Por fim, houve resolução que busca o fortalecimento da campanha “Menos metas, mais saúde”, contra a gestão e práticas de assédio moral em decorrência dos programas de resultados vinculados a metas abusivas praticadas pelos bancos, que causam adoecimento dos bancários no ambiente de trabalho.

“Tivemos excelentes debates nos três dias de conferência e tiramos resoluções sobre os principais temas de ação dos trabalhadores do ramo financeiro. Elas vão orientar o posicionamento do Comando Nacional e das entidades sindicais do nosso campo na luta pela manutenção de nossos direitos e novas conquistas”, disse a presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

Para José Ferreira, presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, a Conferência demonstrou a capacidade de organização e mobilização da categoria bancária e valorizou que, entre as importantes resoluções, a continuidade da luta pela redução dos juros, em defesa do emprego e da saúde dos Bancários e bancárias.

A presidente da Federa-RJ (Federação das Trabalhadoras e dos Trabalhadores no Ramo Financeiro do Rio de Janeiro), Adriana Nalesso, destacou as reflexões acerca dos temas que se relacionam com a categoria, como os impactos das novas ferramentas tecnológicas e as mudanças no mundo do trabalho, questões relacionadas à saúde e condições de trabalho, organização do ramo financeiro e a necessidade de uma reforma tributária com tributação progressiva.

Presença da AFBNDES – No total, as plenárias contaram com 636 delegados de todo o país e 98 convidados. A vice-presidente da AFBNDES, Pauliane Oliveira, participou do evento a convite da presidência da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

“É muito rico participar de uma conferência desse porte, considerando a diversidade das representações, permitindo uma visão de todo o Brasil, com atenção às suas peculiaridades regionais, mas sem perder a importância da unidade nacional. Não posso deixar de mencionar a presença atuante de colegas PCDs e Neurodivergentes que, com suas falas, emocionaram, geraram empatia e colocaram luz em questões que não podem mais ser ignoradas se realmente desejamos uma sociedade mais democrática”, destacou a vice-presidente da Associação dos Funcionários do BNDES.

Dieese fez apresentação da Consulta Nacional dos Bancários

O resultado da Consulta Nacional 2023 foi apresentado no domingo (6), último dia da 25ª Conferência dos Bancários. O levantamento, que contou com a participação de quase 20 mil bancários de todo o país, foi realizado pela Contraf-CUT e teve as respostas compiladas e analisadas pelo Dieese.

“A consulta é fundamental, porque torna-se um instrumento para a percepção dos anseios dos trabalhadores e das trabalhadoras em diversas questões, como como saúde, condições de trabalho e ações sindicais. Também recolhemos informações referentes a reforma tributária, a política praticada pelo Banco Central, igualdade salarial entre homens e mulheres e combate às fake news“, explicou a economista Cátia Toshie Uehara, técnica do Dieese, que fez a apresentação dos resultados. Confira os resultados da consulta aqui.

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