
VÍNCULO 1673 – A greve nacional dos funcionários do Sistema Petrobras chegou ao quarto dia nesta quinta-feira (18) e já atinge, segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), 28 plataformas, 16 unidades da Transpetro, nove refinarias, quatro termelétricas, duas usinas de biodisel, duas Unidades de Tratamento de Gás (UTGCAB e UTGC), duas Estações de Compressão da TBG, a sede da Petrobrás em Natal (EDIRN), cinco ativos de produção terrestre da Bahia, além da EVF e da Estação de Transferência de Parque São Sebastião, também no estado baiano. O movimento segue por tempo indeterminado.
As paralisações são motivadas pela ausência de avanços nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho de 2025. Em nota, a FUP avaliou a última proposta da Petrobras para o ACT como “uma vergonha para uma empresa desse porte e dessa importância estratégica para o Brasil”. Segundo a federação, a estatal propôs 0,5% de aumento real, “além de tentativas de retirada de direitos”.
No primeiro dia da greve, iniciada em 15 de dezembro, as centrais sindicais brasileiras manifestaram apoio ao movimento.
“Após semanas de assembleias realizadas em todo o país, a última proposta apresentada pela Petrobras para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) – que prevê apenas 0,5% de aumento real, além de tentativas de retirada de direitos – representa uma vergonha”.
Segundo as centrais, “no último período, foram registrados aumento da produção e crescimento expressivo dos lucros, assegurando aos acionistas dividendos que se aproximam de R$ 100 bilhões – recursos que não são revertidos de forma justa aos trabalhadores e trabalhadoras que sustentam a Petrobras”.
“Esse contraste torna a situação ainda mais incoerente e espantosa, sobretudo porque são esses profissionais que, mesmo em meio a crises e instabilidades econômicas, garantem resultados recordes, com uma produção que chega a quatro milhões de barris de petróleo por dia”.
Para as entidades, a postura intransigente da empresa é ainda mais grave por se tratar de uma empresa nacional, estratégica e patrimônio do povo brasileiro.
