
VÍNCULO 1640 – Foram prorrogadas, até segunda-feira, 5 de maio, as inscrições para a primeira turma da Escola de Governo e Desenvolvimento Maria da Conceição Tavares, criada em novembro de 2024. Ao todo, serão ofertadas 60 vagas, sendo 30 para brasileiros e 30 para latino-americanos.
A escola é fruto de cooperação técnica entre o BNDES e a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e tem como objetivo a capacitação em desenvolvimento econômico, social e ambiental do Brasil e dos países da América Latina.
Podem participar servidores ou ex-servidores de bancos públicos de desenvolvimento do Brasil e da América Latina ou de órgãos públicos afinscomo ministérios, secretarias, agências reguladoras, agências de fomento, dentre outros, que desenvolvam, preferencialmente, atividades de financiamento ao desenvolvimento.
Para participar é preciso ter graduação superior em qualquer área do conhecimento, além de fluência em português ou espanhol. É recomendado ainda ter nível intermediário de compreensão e leitura em inglês.
A seleção dos candidatos buscará garantir a diversidade de gênero e étnico-racial e, no caso dos não brasileiros, a diversidade de países de origem.
Maria da Conceição Tavares
O nome da escola é uma homenagem à renomada economista Maria da Conceição Tavares, uma das economistas mais influentes da América Latina no século XX e uma das fundadoras do pensamento estruturalista latino-americano. Professora na UFRJ e Unicamp, formou gerações de economistas e teve forte atuação no BNDES e na CEPAL.
A ideia de homenagear Maria da Conceição Tavares, falecida em abril do ano passado, partiu do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. “Conceição é uma das maiores economistas não só do Brasil, mas do mundo, que rechaçava dogmas e se recusava a pensar de uma maneira que não fosse crítica, atenta às necessidades e ao desenvolvimento da nossa região. Portuguesa de nascimento, ela é uma gingante brasileira, que sonhava com um país e um mundo mais justo e inclusivo”, afirmou.
Para o secretário executivo da Cepal, José Manuel Salazar-Xirinachs, “a América Latina e o Caribe enfrentam desafios urgentes que exigem não apenas respostas sobre o que fazer, mas, sobretudo, sobre como fazer: como melhorar a governança, fortalecer capacidades institucionais e criar espaços de diálogo social para gerir transformações. A escola nasce com esse espírito, como um espaço rigoroso e transformador de formação para lideranças comprometidas com o futuro da nossa região”.