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Mulheres negras acumulam desigualdades no mercado de trabalho, atesta Dieese

VÍNCULO 1699 – “Trinta por cento dos lares brasileiros são chefiados por mulheres negras. Dentro e fora de casa, boa parte do tempo delas é gasto com o cuidado de outras pessoas. Apesar disso, essas mulheres são pouco valorizadas: ganham em média menos da metade do recebido pelos homens brancos”, destaca o boletim especial do Dia da Consciência Negra, divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Segundo o estudo do Dieese:

As discriminações de gênero e cor se somam no mercado de trabalho.

24 milhões de lares (30%), no Brasil, são chefiados por mulheres negras.

A taxa de desocupação das mulheres negras (8%) é o dobro da dos homens brancos.

O rendimento médio das mulheres negras é 53% menor que o dos homens

brancos. Isso significa R$ 30.800 a menos por ano no bolso delas. Entre os

ocupados com ensino superior, a diferença média chega a R$ 58 mil anuais.

Metade das mulheres negras (49%) ganha no máximo um salário mínimo.

Uma em cada seis mulheres negras está ocupada no trabalho doméstico ou na limpeza de edifícios.

Entre os homens brancos, um em cada 17 trabalhadores é diretor ou gerente. Já entre as mulheres negras, apenas uma entre 46 ocupa essas posições.

39% das trabalhadoras negras estavam na informalidade.

“As desigualdades que atravessam o trabalho das mulheres negras no Brasil não  são resultado do acaso, mas de uma estrutura econômica e social que hierarquiza vidas  com base na cor e no gênero, reproduzindo desigualdades históricas e naturalizando a  precarização”, constata o estudo do Dieese. “O enfrentamento desse quadro exige reconhecer o papel central das  mulheres negras, como trabalhadoras, cuidadoras e pilares de sustentação das famílias  e comunidades, e assegurar que esse reconhecimento se traduza em políticas públicas  efetivas. Valorizar o trabalho em todas as formas, garantir proteção social, combater o  racismo estrutural e o sexismo e promover condições para o bem viver são passos  fundamentais para a construção de um país verdadeiramente democrático, justo e  igualitário”, complementa.

Para a secretária nacional de Combate ao Racismo da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Maria Júlia Nogueira, enfrentar esse cenário exige políticas públicas amplas, que ataquem desde o acesso à educação e à formalização até medidas de combate à discriminação e promoção da equidade nas empresas. “Enquanto isso não acontece, milhões de mulheres negras seguem sustentando famílias e movimentando a economia brasileira sob condições muito mais adversas do que outros grupos da população”, afirma a dirigente.

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