VÍNCULO 1314 – Banco se comprometeu a apresentar hoje (13), na rodada de negociação marcada para as 15h no Edifício Ventura Oeste, uma proposta global para o Acordo Coletivo de Trabalho de 2018. Nas três reuniões que aconteceram até agora, a Comissão dos Empregados tem insistido que não abre mão das cláusulas econômicas aprovadas na Mesa Fenaban, que garantiram aos funcionários de outras instituições financeiras públicas, como Banco do Brasil e Caixa Econômica, um reajuste salarial de 5%, com reposição da inflação e aumento real. Eles também conquistaram um Acordo com validade de dois anos – ficando asseguradas, até 2020, a manutenção dos direitos e a reposição total da inflação (INPC), mais 1% de aumento real para salários e demais verbas em 1º de setembro de 2019.
Após o recuo da Administração na sua proposição de alterar a cláusula de “Proteção contra despedida arbitrária ou sem justa causa”, em vigor no BNDES desde 1992 devido ao trauma das demissões do governo Collor, os representantes do corpo funcional ressaltaram sua posição contrária a qualquer mudança nas cláusulas do ACT de 2016.
A mobilização dos empregados relacionada à proposta de mudança na cláusula de proteção contra a despedida arbitrária, que agitou o Banco na segunda e na terça-feira, com reuniões nos andares e concentração no térreo e no 22º andar do Edserj, foi saudada pelos integrantes da Comissão de Negociação. “Quero dar meus parabéns ao corpo funcional benedense pela demonstração de unidade e firmeza nos últimos dois dias. Sem a mobilização dos empregados não teríamos feito o Banco recuar na sua proposta. Agora, precisamos manter esta mobilização até o fechamento do Acordo”, disse o presidente da AFBNDES, Thiago Mitidieri, em concentração no térreo do Edserj na tarde de anteontem.
Para o vice-presidente Arthur Koblitz, segunda e terça-feira foram dias de grande aprendizado. “Eles não estavam contando com reação tão imediata do corpo funcional. Só anunciaram que gostariam de fazer a inclusão de um parágrafo na cláusula. E a gente conseguiu barrar uma mudança que nem chegou a ser explicitada. Nós agimos muito rápido. A guerra não está ganha, mas esta vitória foi muito bonita e importante. E, é bom que fique claro, a gente está lutando por algo que foi conquistado em todos os outros bancos públicos. Por que aqui teria que ser diferente?”