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Parecer da PGFN sobre nova eleição para Conselho de Administração do BNDES seguiu posição do Comitê de Elegibilidade do Banco

Na última sexta-feira (30), o juiz Maurício Lamha, da 3ª Vara Federal do Rio de Janeiro, atendendo a um pedido da AFBNDES, determinou ao presidente do BNDES e à diretoria do Banco que apresentassem, num prazo de cinco dias, a cópia integral do parecer da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) que, segundo a administração, mencionava a necessidade de nova eleição para a escolha do representante dos empregados no Conselho de Administração (CA) da instituição.

A questão estava diretamente relacionada à eleição de Arthur Koblitz para o cargo de conselheiro, em dezembro de 2020, com 72, 96% dos votos válidos, batendo dois outros adversários.

Cumprindo decisão judicial, o Banco liberou, esta semana, o citado parecer da PGFN, ficando claro que a orientação para a realização de nova eleição para o CA foi baseada na posição do Comitê de Elegibilidade do BNDES, que expediu manifestação não favorável à eleição de Arthur.  

Como ficou registrado no editorial do último VÍNCULO, depois da renúncia de Arthur à condição de suplente de representante sindical de base, o único argumento que sobrou contra sua posse no CA foi o da ‘punição por liberdade de expressão’, com a alegação de que haveria ‘conflito de interesse’ porque artigo de autoria do presidente da AFBNDES, publicado na Folha de S. Paulo em janeiro último, a respeito da política de desinvestimento do BNDES, teria provocado conflito de opiniões com outros colegas da Casa.  

“Dos três pleitos realizados para eleger o representante dos empregados no CA do BNDES, minha vitória eleitoral foi de longe a mais expressiva. Não me dar posse e convocar novas eleições foram as ações mais drásticas, numa série de outras que começaram com a tentativa de não permitir que diretores da AFBNDES pudessem concorrer à eleição, ou seja, tentaram desde o início inviabilizar minha candidatura que só foi possível por decisão da Justiça”, relata Arthur Koblitz em artigo publicado esta semana (3/5) no jornal Estado de São Paulo. “Os empregados me elegeram e o fizeram com a contundência que minha margem de vitória demonstra pela mesma razão que a atual administração faz tudo o que pode e o que não deveria para impedir a minha nomeação: tenho sido um crítico aberto do desmonte do BNDES”, complementa.


Entrevista de Arthur Koblitz ao Faixa Livre
Em entrevista ao Programa Faixa Livre, na manhã de quinta-feira (6), o presidente da AFBNDES, Arthur Koblitz, denuncia a tentativa de interferência da direção do Banco para evitar sua posse como representante dos funcionários no Conselho de Administração, explica o imbróglio envolvendo parecer da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e fala em ‘farsa’ na eleição caso não seja efetivado no posto após escolha de 73% dos votantes, em dezembro de 2020.Para ouvir a entrevista, clique aqui.
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