VÍNCULO 1601 – A edição de julho do Jornal dos Economistas, publicado pelo Corecon-RJ, aprofunda a discussão sobre o mais importante fenômeno da economia mundial nesse século, a ascensão da China.
Demian Castro, da UFPR, acredita que a China tem instrumentos para atenuar sua desaceleração cíclica e que o novo “normal” pressupõe uma transformação estrutural rumo à alta densidade tecnológica e novos padrões energéticos.
José Eduardo Roselino, da UFSCar, e Antônio Carlos Diegues, da Unicamp, avaliam que a tão alardeada crise na China caminha para um soft landing, porque o Estado conta com instrumentos de seu sistema bancário público e políticas fiscais e parafiscais.
Rita Coitinho, analista internacional, interpreta as notícias sobre a “crise iminente” na China como wishful thinking estadunidense. “O cenário na China é de crescimento sustentado e fortalecimento do comércio global”, escreve.
Carlos Eduardo Martins, da UFRJ, destaca o poder de estatais chinesas que priorizam a produção à rentabilidade e prevê que o país vai eliminar a sobrecapacidade em construção civil, energia e aço.
Rogério Naques Faleiros, da Ufes, acredita que a economia chinesa marcha rumo à Indústria 4.0 e matriz energética mais limpa. “Que economia desenvolvida do Ocidente cresce hoje 6% ao ano?”, pergunta.
Júlio Miragaya, do Cofecon, ressalta que a China caminha para se tornar a potência hegemônica até 2049. “Seu modelo será socialista (reforçando o controle social da produção) ou capitalista (acentuando os mecanismos de mercado)?”, interroga.
Niemeyer Almeida Filho e Vanessa Petrelli, da UFU, defendem que a China foi capaz de constituir um socialismo de mercado, mantendo a primazia das decisões políticas estratégicas de Estado sobre a dinâmica do capital.
Leonardo Leite, da UFF, afirma que o atual momento histórico de embate entre China e EUA se assemelha ao do imperialismo pré-Primeira Guerra Mundial – e não ao da Guerra Fria.
Larissa Dornelas, da UFPR, chama a atenção para o processo histórico de crescimento econômico, catching up e internacionalização monetária da China, bem como mudanças na hegemonia econômica mundial.
Isabela Nogueira e Iderley Colombini, da UFRJ, apontam que a nova classe trabalhadora chinesa nas cidades está majoritariamente nos serviços informalizados, não possui direitos trabalhistas e cumpre jornadas extenuantes.
Esther Majerowicz, da UFRN, acredita que os investimentos chineses em países da periferia reforçam a sua tradicional inserção internacional como exportadores de bens primários e importadores de manufaturados.
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