VÍNCULO 1636 – Vulnerabilidade e dependência externa da economia brasileira estão no foco da edição de abril de 2024 do Jornal dos Economistas, publicado pelo Corecon-RJ, com artigos de importantes analistas, como Bresser-Pereira, Elias Jabbour e Victor Leonardo de Araujo.
Rodrigo Vergnhanini, da UFRJ, avalia que a nossa economia é hoje menos suscetível a crises de liquidez e balanço de pagamentos. Mas a necessidade de compensar déficits em rendas e serviços com superávit comercial reafirma nossa inserção externa subdesenvolvida e dependente.
Luiz Martins de Melo, da UFRJ, afirma que, nesse mundo de incertezas, continuamos a insistir no que deu errado: ajuste fiscal, taxa de juros altas e taxa de câmbio baixa.
Rosa Maria Marques e Julio Manuel Pires, da PUC-SP, acreditam que a liberalização financeira aumentou a vulnerabilidade externa do país, dependente do fluxo volátil do capital especulativo.
Bresser-Pereira, da FGV, defende que o principal instrumento da dominação imperialista é o neoliberalismo, que impede a adoção de tarifas de importação e uma política industrial, entre pontos.
Luiz Fernando de Paula, da UFRJ, aponta que o Brasil tem um dos câmbios mais voláteis entre os emergentes, mas a sua vulnerabilidade externa é relativamente baixa, porque as reservas cobrem mais de duas vezes a dívida pública externa.
Elias Jabbour, da Uerj, critica o desaparecimento do debate político no país das “categorias de totalidade”, como nação, projeto nacional, desenvolvimento, desenvolvimentismo, industrialização, políticas industriais e planejamento.
José Eduardo Cassiolato e Helena Lastres, da Redesist (Rede de Pesquisa Interdisciplinar/UFRJ), enfatizam que o Brasil precisa enfrentar as novas formas de dependência das grandes corporações digitais e gestoras de ativos financeiros.
Victor Leonardo de Araujo, da UFF, julga que é a taxa de câmbio que determinará o futuro do governo Lula 3. O câmbio impacta diretamente a inflação, o calcanhar de Aquiles de Lula.
Cyro Faccin, da Unicamp, ressalta que o nosso cenário macroeconômico é vulnerável aos movimentos dos juros do Fed. Como podemos nos tornar superiores à força do dólar?
Eliane Araujo e Elisangela Araujo, da UEM (Universidade Estadual de Maringá), e Samuel Peres, da Ufrgs, destacam que, nas últimas décadas, o Brasil passou por processos de regressão estrutural e degradação ambiental.
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