VÍNCULO 1618 – A edição de novembro do Jornal dos Economistas (JE), publicado pelo Corecon-RJ, discute a naturalização das teses neoliberais no debate nacional.
Fabiano Dalto, do Instituto de Finanças Funcionais para o Desenvolvimento (IFFD), destaca que saber que o governo não possui restrições para gastar pode transformar as políticas públicas rumo à prosperidade compartilhada.
David Deccache, assessor parlamentar, ressalta que o debate é moldado por pressupostos que, sob a aparência de neutralidade técnica, orientam para a austeridade, retração do Estado e restrição monetária.
O ex-ministro Bresser-Pereira considera que os economistas dogmáticos que explicam todos os problemas com a irresponsabilidade fiscal e os resolvem com a austeridade se subordinam ao mercado financeiro.
Olivia Bullio, do St. Francis College, aponta que o Brasil caminha na contramão do mundo. Para ele, o “debate econômico só tem um lado: o regime de metas de inflação e taxa de juros alta”.
Luiz Martins, da UFRJ, afirma que o neoliberalismo não é apenas uma teoria econômica. Ele cria uma sociedade em que todos competem contra todos, o ovo da serpente do fascismo.
Rosa Maria Marques, da Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP), defende que a consolidação do pensamento único é resultado de um longo processo ligado à atual dominância do capital financeiro.
Luciana Ferreira e Roberto Rodrigues, da UFRRJ, acreditam que a crença no dogma da austeridade leva ao enfraquecimento da economia e produção de desigualdades.
Victor Araujo, da UFF, sugere que a contraposição aos dogmas deve ser feita pela ciência e que precisamos ter propostas alternativas.
Newton Gracia da Silva e Simone Deos, da Unicamp, julgam que a austeridade faz parte de uma “concepção de sociedade” denominada de neoliberalismo.
Daniel Conceição, do Ippur, enfatiza que as crises do subprime e novo coronavírus deveriam ter derrubado as teses da doutrina liberal.
Maria Malta e Ian Horta, da UFRJ, avaliam que o dogmatismo não é exclusivo do Brasil, mas um resultado da geopolítica e sistema monetário internacional.
Andrés Haines e Alessandro Miebach, da Ufrgs, chamam a atenção para o fato de o neoliberalismo, que só beneficia os mais ricos, ser sancionado pelo voto.
Fernando Cerqueira, da UFRJ, argumenta que só a implementação na prática pode comprovar a importância dos gastos e investimentos estatais.
Maria Lucia Falcón, da UFS, questiona se a aliança conservadora e a necropolítica explicam a hegemonia do dogma liberal.
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