
VÍNCULO 1665 – A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) realizará amanhã (24), às 17h, na Rua Araújo Porto Alegre 71, no Centro do Rio, um ato em memória de Vladimir Herzog, jornalista brutalmente assassinado há 50 anos pela ditadura militar brasileira. O evento, que lembrará as vítimas da repressão, tem apoio do Instituto Vladimir Herzog, do Grupo Tortura Nunca Mais, do Clube de Engenharia e do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro.
Vladimir Herzog era diretor de jornalismo da TV Cultura em outubro de 1975, quando foi procurado por militares na emissora e, um dia depois, compareceu espontaneamente à sede do Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi/SP), na Vila Mariana, em São Paulo. No DOI-Codi foi torturado e assassinado.
Os militares criaram uma falsa cena de suicídio. Na missa de sétimo dia, na Catedral da Sé, uma multidão com mais de 8 mil pessoas compareceu para o ato ecumênico. O episódio ficou marcado como um símbolo de luta contra a ditadura militar e pela volta da democracia.
A necessidade de preservar essa memória é reforçada pelas conclusões da Comissão Nacional da Verdade (CNV), cujo relatório final, de 2014, foi categórico ao afirmar que Vladimir Herzog morreu em decorrência de ação perpetrada por agentes do Estado brasileiro, em um contexto de sistemáticas violações de direitos humanos promovidas pela ditadura.
