
VÍNCULO 1626 – A Contraf-CUT realizará no dia 20 de janeiro, das 14h às 18h, no formato virtual, por meio da plataforma Zoom, a Conferência Livre do Meio Ambiente, etapa da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, promovida pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, com inúmeras ações que estão sendo realizadas no país desde o ano passado, e que vão até maio deste ano, incluindo conferências municipais e estaduais.
“Nesta etapa as entidades da sociedade civil organizada são convidadas a realizar eventos para mobilizar a comunidade em torno do tema da emergência climática e auxiliar na construção de propostas de enfrentamento, diante do que está atingindo toda a humanidade”, explica a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Elaine Cutis.
Elaine Cutis destaca que as conferências livres visam incentivar a população na construção de propostas para enfrentar a crise climática e eleger um delegado ou delegada para representar as nossas propostas em outras etapas da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente.
As propostas deverão ser construídas em torno de cinco eixos temáticos, já estabelecidos pelo Ministério do Meio Ambiente:
1 – Mitigação: redução da emissão de gases de efeito estufa;
2 – Adaptação e preparação para desastres: prevenção de riscos e redução de perdas e danos;
3 – Justiça climática: superação das desigualdades;
4 – Transformação ecológica: descarbonização da economia com maior inclusão social;
5 – Governança e educação ambiental: participação e controle social.
As inscrições para participar da Conferência Livre do Meio Ambiente, promovida pela Contraf-CUT, já estão abertas. Clique aqui e siga os passos para participar.
Mais pobres são mais afetados por eventos climáticos
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), 2024 foi o ano mais quente no Brasil, desde 1961. Levantamentos do Banco Mundial e do Banco Central Europeu apontam que os mais afetados pelos eventos climáticos extremos serão os mais pobres. Relatório divulgado pelo Banco Mundial em maio do ano passado estima que a crise ambiental atingirá entre 800 mil a 3 milhões de pessoas no Brasil e cerca de 3 bilhões globalmente. Já um trabalho divulgado pelo Banco Central Europeu, em parceria com a Universidade de Potsdam, na Alemanha, destaca que o fenômeno pode elevar a inflação de alimentos, em âmbito global, em até 3,2% ao ano.
“É a classe trabalhadora que está em risco. O calor excessivo também gera perda de produtividade para quem precisa se expor ao ambiente, como os trabalhadores braçais. Além disso, a pressão inflacionária sempre impacta mais os mais pobres, os que dependem do dia a dia de venda da força de trabalho para garantir a renda”, pontua a secretária do Meio Ambiente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) Nacional, Rosalina Amorim.