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Sapucaí abre passagem para a campanha Feminicídio Zero no Carnaval do Rio

Foto: Ministério da Saúde

VÍNCULO 1630 – A mobilização pelo Feminicídio Zero estará presente no Carnaval do Rio. No dia 7 de fevereiro, um encontro na Cidade do Samba reuniu representantes do Ministério das Mulheres, do Ministério da Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) para planejar a ação.

No período de folia, peças da campanha “Feminicídio Zero – Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada” serão expostas em diversos espaços do Sambódromo, na Avenida Sapucaí, impactando os milhões de espectadores que assistirão ao espetáculo pela TV e passarão pelo espaço, considerando também os dias de ensaios técnicos.

As mensagens da campanha lembram que o Carnaval é um momento de festejar, livre de assédio, e que enfrentar e interromper a violência contra a mulher é papel também dos homens. Outro destaque da campanha é reforçar, em todas as peças, a divulgação da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, disponível também no WhastApp (61) 9610-0180.

Em seu discurso, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, reforçou a importância e a visibilidade que o Carnaval irá trazer, para o Brasil e o mundo, à mensagem de conscientização para enfrentar a violência contra meninas e mulheres. “No Carnaval, não estaremos apenas na Sapucaí, estaremos nas quadras das escolas de samba, conversando com a comunidade, com as pessoas que produzem essa grande festa, sobre a importância de eliminar a violência contra as mulheres”, disse.

“Queremos, junto com as escolas de samba e com a população, mudar a realidade do Brasil, que ocupa o quinto lugar no ranking mundial de feminicídio”, continuou a ministra. A intenção, lembrou Cida Gonçalves, é transformar o Carnaval em um momento não apenas de celebração, mas também de reflexão, incluindo os homens nessa luta.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que enfrentar a violência contra a mulher também é uma questão de saúde pública. “Mas não cabe só a nós, que trabalhamos na saúde, no SUS, lidar com o impacto da violência. Nós falamos muito sobre as salas lilás, sobre o acolhimento que devemos dar à mulher, mas o papel da saúde é também se somar à prevenção. Então não queremos ter necessidades de novas salas de atendimento”, defendeu.

“Estamos aqui para reafirmar o compromisso da Fiocruz na luta contra qualquer tipo de violência, qualquer que seja, mas especialmente a violência contra as mulheres”, afirmou durante o evento o presidente da Fiocruz, Mario Moreira. “O Carnaval é uma potência cultural, uma festa nacional e também uma oportunidade importante de trazer para o debate nacional a questão da violência contra as mulheres. Os números assustam e são inadmissíveis”, salientou, colocando a instituição à disposição da causa.

Presidente da Liesa, Gabriel David definiu a iniciava como um “marco para o Carnaval, ambiente visto como propício para a violência contra a mulher”. Ele agradeceu à ministra das Mulheres por “entender a importância do Carnaval como um lugar onde as escolas de samba possam levar uma mensagem tão importante para a nossa sociedade. Tenho certeza que existem poucas organizações no Brasil como as escolas de samba com potencial tão grande de comunicar algo tão importante para a sociedade”.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, lembrou da irmã, Marielle Franco, vereadora assassinada em março de 2018, e de como ela lutava pelo “Não é Não”. “E a gente segue aqui reafirmando a nossa luta, a gente segue cada vez mais lutando para que toda e qualquer mulher desse país seja livre da maneira que ela bem entenda, mas que seja respeitada”, destacou. A ministra lembrou que o Carnaval é feito por muitas mãos de mulheres negras.

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, agradeceu ao presidente da Liesa por acolher a campanha: “um marco muito importante para a história deste país”. “Conversei com a ministra Cida lá atrás, quando pensávamos em um lugar para esta luta tão fundamental para o Brasil, que é o combate a todas as formas de violência contra a mulher, e vimos que nada é mais potente em termos de comunicação do que o nosso Carnaval. Colocar essa mensagem do Feminicídio Zero na Avenida é o posicionamento de um Brasil que a gente precisa sonhar e construir. Parabéns à ministra Cida por essa campanha fundamental”, disse.

Participaram também do evento a Secretária de Mulheres do Estado, Heloisa Aguiar, a Secretária de Políticas para as Mulheres da cidade do Rio de Janeiro, Joyce Trindade, deputadas federais, estaduais e vereadoras, entre elas Benedita da Silva e Jandira Feghali.

Feminicídio Zero é uma mobilização nacional permanente do Ministério das Mulheres. A articulação envolve diversos setores do país, a partir de diferentes frentes de atuação — comunicação ampla e popular, implementação de políticas públicas e engajamento de influenciadores.

Fonte: Ministério das Mulheres

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