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Posicionamento, transparência e agradecimentos, por Arthur Koblitz

Arthur Koblitz – representante dos empregados reeleito para o Conselho de Administração do BNDES

Seria impossível ter vencido sem o engajamento das pessoas que me apoiaram. Agradeço de todo o coração ao pessoal que pediu votos, argumentou em favor da minha candidatura. Claro, agradeço também cada voto secreto que recebi.

Reiterando minha manifestação quando tivemos acesso ao resultado da eleição, parabenizo a Valeria Eiras pela expressiva votação que obteve. Fui eleito o representante de todos os empregados do Banco, não apenas dos que votaram em mim. Por isso, convido Valeria e todos os seus eleitores a procurarmos juntos formas de dialogar.

Acredito que eleições deveriam ser sobre apresentação e aprovação de programas. Apresentei um programa nessa eleição e, repito agora depois de eleito, esse programa norteará minha atuação como conselheiro. Isso não impede que ele seja ajustado durante o processo de discuti-lo e implementá-lo junto com os empregados do Banco. De qualquer forma, um norte foi fixado e isso é fundamental: FAT, TLP e as metas que fixamos para a nossa atuação interna. Esses são os temas fundamentais que trabalharei para serem discutidos na Casa.

Fala-se muito em transparência e assumo o compromisso de envidar ainda mais esforços para que mais informações sobre o Conselho cheguem aos empregados. Agora, o requisito fundamental para falar de transparência é apresentar propostas. Falar em transparência sem se posicionar sobre nada, não faz sentido, é contradição. Transparência tem que ser sobre algum conteúdo.

A lista de dívidas é enorme, mas a política, inclusive essa interna ao BNDES, se faz assim: a candidatura é individual, mas a realidade de sua existência, de sua viabilidade, é coletiva. A ordem de agradecimento nesse segundo turno começa, sem dúvida, com os depoimentos em vídeos da Lavínia Barros de Castro e do Marcelo Tavares. O vídeo da Lavínia me emocionou. Num grupo disse que “a sinceridade com que você expressou seus elogios, quase me convenceu de que eu os mereço”. Pedi apoio ao Marcelo e no momento que ele se decidiu, veio com toda força. Foi muito enfático e apontou para as questões que, também na minha opinião, são as que mais importam: qual programa, qual projeto, qual preparação dos candidatos.

Agradeço com destaque também a Eloah Manoel, que escreveu uma mensagem fortíssima se posicionando a meu favor, chamando a atenção dos empregados para que assistissem às entrevistas gravadas pela AFBNDES.

Tenho que citar também o pessoal que me defendeu em grupos em que eu não estava presente. E pediram votos para mim: André Comunali, Antônio Ricardo (valeu, Cadinho!), Augusto Arromba, Bruna Ramos, Léo Delgado, Cláudia Prates, Cristina Cerdeira, Danilo Xavier, Elydia Hirata, Fernando Newlands, Henri Wataru Koga, Jorge Henrique Velloso, Marina Eckhardt, Paulo Barcellos, Ricardo Ramos, Rodrigo Mendes, Sabrina Schneider, Sergio Foldes e Victor Moreto.

Ainda preciso mencionar Luiz Carlos Galvão, Pedro José Ribeiro, Marcos Motta, Eduardo Kaplan, Ana Costa, Paulo Faveret, Gabriel Lima, Carlos Frederico Azevedo, Selmo Aronovich, Vanessa Almeida e Fernando Lavrado.

Eu adoro encontrar pontos de convergência com as pessoas. A satisfação, às vezes, é maior quando aparentemente as diferenças são muito grandes. Nosso desafio é encontrar um programa para o BNDES que a grande maioria aprove. Vamos errar se estipularmos como programa algo que não seja reconhecido pela maioria. Mas vamos errar também se tivermos uma representação que não proponha nada para não desagradar ninguém! Não se faz um movimento com uma representação que não aponta nenhuma direção, que simplesmente prometa consultar os empregados a cada momento. A tarefa de quem se propõe a representar é também a de apresentar propostas. É claro, essas têm que ser apresentadas e aprovadas pelos empregados.

Repudio firmemente os que usam frouxamente o argumento de “partidarização” contra mim. Confundem tomar partido, no sentido de tomar posição, com se vincular a partido político. Sim, tomei partido algumas vezes. Sempre de forma pública e argumentada. Mas jamais vinculei o que fiz a um partido político. Jamais achei que essa vinculação seria frutífera. Não tenho vínculo efetivo com nenhum partido político. Não contribuo, não participo de reuniões ou conferências, não recebo orientações. Nada disso.  Minhas posições em eleições presidenciais foram públicas. E não me desculpo por elas. Acredito que entre os atributos de um bom cidadão numa democracia é o de se engajar, se posicionar, nos momentos de decisão democrática. E eu me posicionei como cidadão. Para os que não me conhecem, esclareço: acho legítimo que qualquer um que se envolva com a AFBNDES tenha ambições de carreira política parlamentar. Acontece que eu não as tenho. Nunca tive.

Repeti várias vezes (numa delas no Congresso Nacional): o movimento em defesa das empresas públicas – como era o tema da ocasião – não deve ser confundido com o movimento eleitoral! Na eleição, cada um vota segundo seus valores, com suas prioridades. Restringir a adesão a um movimento à adesão a uma opção eleitoral é um equívoco! Restringe e enfraquece o movimento. Sou crítico aberto a boa parte do movimento social no Brasil que faz a confusão entre as duas coisas. A AFBNDES, enquanto estive em sua diretoria, buscou apoio em todo o espectro político no Congresso Nacional para defender o BNDES!

Tenho convicção de que fui um bom conselheiro nesse mandato que está terminando. Defendi o Banco com unhas e dentes, apareci na imprensa como conselheiro representante dos empregados, dei trabalho a uma administração que mal disfarçava seu programa de encolhimento, desidratação e desmonte do BNDES. Usei a representatividade que me foi concedida de ser presidente da AFBNDES e representante dos empregados para defender o Banco interna e externamente. Isso foi fundamental no período da gestão anterior.

O momento agora é outro. Numa nova administração que se abre ao debate, precisamos de um conselheiro que mobilize os empregados em torno de causas e, se possível, ajude a unir empregados e diretoria em torno da defesa do BNDES. Quero ser esse representante. Estou pronto para enfrentar esse desafio. Quero ser um conselheiro ainda melhor para alavancar esse Instituição.

Meu partido é o BNDES. Não acreditasse que o Banco é fundamental para o desenvolvimento do Brasil, não estaria nessa. Quero que todo mundo que concorda com isso esteja do meu lado. Vou fazer minha parte, mas vou precisar de vocês comigo.

Viva a unidade benedense! Viva o desenvolvimento do Brasil!

(*) Artigo publicado originalmente no Giro Benedense nº 12, de 12/09/2024.

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