AJT / Nível Médio / AMC PLR 2022
VÍNCULO 1594 – As opções na mesa de negociação estão ficando claras. Na Plenária que realizamos no dia 2 de maio apresentamos o que nos parece possível conquistar no Acordo de Jornada de Trabalho (AJT) de 2024.
Dois caminhos principais se apresentam: o primeiro é encontrar com a atual Administração do Banco uma forma que atenda à sua demanda por acompanhamento presencial dos novos empregados (advindos do concurso público) e que se mantenham os dois dias mínimos de trabalho remoto para os demais empregados.
Não nos parece difícil fazer a compatibilização entre essas duas metas, ainda mais se assumirmos que nos primeiros dois meses de Banco os novos empregados estarão em treinamento, e nos dez meses restantes do primeiro ano de trabalho, no antigamente denominado “período probatório”, com um dia de trabalho remoto.
Nesse caminho, consolidamos o híbrido que já temos e retornamos para negociar o AJT com a Administração na metade de 2025 – buscando a ampliação do trabalho remoto na linha do que parece predominar nas demais empresas públicas (três dias por semana).
O caminho alternativo seria exigir uma imediata expansão do trabalho remoto na atual negociação. Aqui teríamos que caminhar para uma disputa dura com a Administração, que claramente demonstrou sua não simpatia até mesmo pela fixação antecipada de uma regra em Acordo Coletivo sobre o Trabalho Híbrido. Como sabemos, a estratégia definida unilateralmente pela Administração era apenas estender o programa piloto até a chegada dos novos empregados.
A Diretoria da AFBNDES entende ser mais adequado o primeiro caminho, mas está obviamente aberta a receber outra orientação do conjunto dos empregados.
Antes de avançar nas razões que vemos para seguir o primeiro caminho, deixemos claro que entre elas não podemos citar a argumentação apresentada pela Administração para não avançar no trabalho remoto. É muito claro que há um viés conservador nessa posição. Como temos reafirmado, a experiência da Área de TI no trabalho híbrido nos pareceu exitosa e foi abandonada sem maiores considerações. A pesquisa sobre o híbrido até agora não foi apresentada e na mesa de negociação nada com muita substância foi exposto pela Administração.
O fragmento de argumento apresentado pela Administração se refere a uma suposta reversão da onda favorável ao trabalho híbrido no setor público – em particular. Bom, se isso é ou não verdade (suspeitamos que não), ficará ainda mais claro em 2025. Com a superação de tal incerteza, nos parece que teríamos uma negociação mais tranquila e produtiva no ano que vem.
Além da opção por uma negociação menos conflituosa com a Administração, consideramos progressos nada desprezíveis fechar um AJT com avanços em benefícios como a ampliação do período de acompanhamento de crianças (onde mães terão abono de eventuais saldos negativos diários em até uma hora, até que o filho complete dois anos, como política de incentivo ao aleitamento, e também os pais que comprovem participação em programa de paternidade responsável, estendido aos casos de adoção) e a justa inclusão de colegas que sofrem com fibromialgia ao regime PCD.
Finalmente, teremos à frente a negociação do ACT e da PLR 2024. Limpar o caminho para essas negociações fundamentais nos parece também uma razão importante.
Nossa tarefa é apresentar sugestões de direção para o movimento e, ao mesmo tempo, estar abertos para escutar os empregados e cumprir o que a maioria achar que é o melhor caminho. Que assim seja!
Avanços em negociações sobre o NM do PECS
Num prazo de pouco mais de um mês, a atual Diretoria da AFBNDES conseguiu dar encaminhamento para uma relevante negociação sobre a valorização da carreira de Nível Médio do PECS. Um Grupo de Trabalho oficial está sendo criado num processo democrático, com a eleição de dois representantes do segmento.
Temos finalmente uma direção com boas possibilidades de resultados num futuro próximo. Conseguimos unir a insatisfação dos NMs com uma ação estruturada da AFBNDES. Destaque também ao trabalho realizado pelo escritório Cezar Britto Advogados Associados, contratado pela Associação.
O caminho da arbitragem para a solução da “PLR da AMC/2022”
Com a Plenária dos empregados da Área de Mercado de Capitais (AMC), que aprovou por ampla maioria, em 6 de maio, a continuidade do processo de arbitragem em busca de uma solução para o imbróglio que envolve o pagamento da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) de 2022, tudo caminha para um bom desfecho nessa negociação!
Já temos mais de um ano de negociações, aproximando a direção do Banco aos empregados numa saída que fortalece a unidade da Casa. Em breve, teremos notícias da AGE que apreciará o caminho da arbitragem.
► Este editorial foi publicado originalmente no GIRO BENEDENSE, em 16/05/2024.