VÍNCULO 1621 – As “big techs” – gigantes globais da tecnologia, protagonistas da economia mundial – são o tema da edição de dezembro do Jornal dos Economistas (JE), publicado pelo Corecon-RJ.
Marcos Dantas, da UFRJ, analisa o que são as plataformas sociodigitais, de onde provêm seus lucros astronômicos e sua relação com as instituições gestoras de ativos financeiros.
Jorge Britto, da UFF, define e caracteriza a atuação das big techs e comenta os limites e desafios da regulação estatal.
Thiago Varanda, do Incra, avalia que a proibição do X foi um exemplo da capacidade de o Estado brasileiro exercer controle sobre a atividade digital. “Precisamos ter uma Infraestrutura Pública Digital localizada no país”, defende.
José Eduardo Cassiolato, da UFRJ, destaca que o domínio das grandes corporações digitais e da financeirização moldam as relações internacionais e dinâmicas de poder no atual estágio do capitalismo.
Ergon Cugler, do Ibict (Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia), afirma que a regulação econômica das big techs é uma necessidade civilizatória para proteger a concorrência, a inovação, a democracia e a realidade.
Paulo Moreira Franco, aposentado do BNDES, e Antonio José Alves, da UFRRJ, creem que o futuro da economia das plataformas dependerá de desdobramentos, como a inevitável disputa entre as plataformas do ocidente e a China.
Para Isabela Rocha, da UnB, urge o Brasil propor na presidência dos Brics+ uma agenda focada na soberania digital que se torne uma alternativa ao domínio monopolista das big techs e ao colonialismo digital.
Adhemar Mineiro, da Abed (Associação Brasileira de Economistas pela Democracia), enfatiza que essas empresas manipulam as pessoas e sistemas de poder, derivando daí poder político, e assim evitam a própria regulação.
Carmem Feijo, da UFF, e Bruno Feijo, da PUC-Rio, argumentam que é necessário rever a regulação e a taxação das big techs, criar alternativas brasileiras para dados estratégicos e cibersegurança e investir em aplicações com IA.
Marília Bassetti, da UFRJ, e Antonio Lacerda, da PUC-SP, apontam que há uma corrida internacional para regulamentar o uso da IA.
Helena Lastres, Ana Arroio e Cristina Lemos, da RedeSist/IE/UFRJ, defendem que não podemos ser fornecedores desavisados de informações e usuários passivos dos produtos digitais, vulneráveis e dependentes de países e empresas estrangeiros.
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