VÍNCULO 1624 – Chico Mendes está sendo homenageado até o dia 22 deste mês em Xapuri e Rio Branco, no Acre, com uma semana de debates e eventos culturais (“Chico 80 Anos: A Luta Continua”) que tem o objetivo de preservar a memória deste que foi um dos expoentes da luta em defesa da Amazônia.
No último domingo, 15 de dezembro, Chico Mendes completaria 80 anos se não tivesse sido assassinado em 22 de dezembro de 1988, aos 44 anos, nos fundos da própria casa, em Xapuri, município cravado na Amazônia, região onde o seringueiro, sindicalista e ativista transformou a vida de muitas pessoas, que, como ele, nasceram e viveram na e da floresta.
“Se a gente for olhar a trajetória de vida do meu pai, com seus 44 anos, jovem e atravessado por tantos desafios, tendo tantas ideias e liderando processos tão complexos e ousados para a época. Se estivesse vivo, eu veria hoje uma Amazônia um pouco melhor de se viver, uma Amazônia mais preservada”, diz a filha Ângela Mendes.
O legado de Chico Mendes como ambientalista e ativista sindical lhe deu reconhecimento internacional, rendendo prêmios como a Global 500 da ONU, além da Medalha de Meio Ambiente da Better World Society. Ele defendeu a união dos seringueiros e dos povos indígenas. Na época de sua morte, Chico Mendes era presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri.