
Na segunda-feira (17), dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas Eletricitários no Distrito Federal (STIU-DF) estiveram na porta da Eletronorte, em Brasília, em protesto e solidariedade ao engenheiro elétrico e diretor da Associação dos Engenheiros e Técnicos do Sistema Eletrobras (Aesel), Ikaro Chaves, que recebeu um comunicado de abertura de processo de demissão por justa causa da holding Eletrobras, na última sexta-feira (14).
Ikaro, que também foi dirigente sindical e conselheiro eleito do Conselho de Administração da Eletronorte, foi informado sobre um prazo de cinco dias úteis para que apresente sua defesa, por escrito, contra as acusações de que vem difamando o nome da Eletrobras em suas entrevistas, nas quais defende a reestatização da empresa.
Por sua ação sindical, Ikaro tem, por lei, estabilidade no emprego até abril de 2024, e só poderia ser demitido por justa causa. Por isso que a empresa, numa prática antissindical, está alegando que o engenheiro tem ofendido o seu código de conduta, ao “difamar” a imagem da Eletrobras e a honra dos seus dirigentes com os artigos que escreve, as declarações que dá em entrevistas nos meios de comunicação.
“Eles não alegam nenhuma falha em relação às minhas atividades profissionais. Não acharam nada que pudessem ensejar uma punição. Estão forçando a barra. A verdade é que estou sendo acusado de crimes de opinião, por ter manifestado a minha contrariedade com a privatização, e de me manifestar claramente que a privatização foi um crime contra o país.
► Na terça-feira (18), o engenheiro Ikaro Chaves deu entrevista ao Programa Faixa Livre (1:49:07) sobre o tema.