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Ex-vice-presidente da Caixa é demitido por assédio sexual

VÍNCULO 1621 – O ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal Antônio Carlos Ferreira de Sousa foi demitido por justa causa na sexta-feira (22) em decorrência de atos de assédio sexual e moral. A pena aplicada pela Controladoria Geral da União (CGU) é a maior do serviço público, e foi definida após a confirmação de diversas práticas vexatórias de humilhação, constrangimento e insinuação às vítimas entre 2021 e 2022.

O presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, José Ferreira, lembrou que há mais envolvidos nos casos de assédio e cobrou celeridade nas investigações. Disse, ainda, que é importante que esta punição seja apenas o começo para encorajar todas as bancárias a denunciarem o assédio que sofrerem.

“Esse é o primeiro a ser punido, já que as denúncias de assédio vinham ocorrendo desde a gestão de Pedro Guimarães. A punição dos assediadores foi cobrada pelos sindicatos, teve acompanhamento, inclusive, de Rita Serrano, que à época era a nossa representante no conselho de administração, e o que a gente viu foi uma morosidade na conclusão das investigações e na punição dos envolvidos”, afirmou.

“O caso mostra a importância de combatermos a violência contra as mulheres todos os dias e é bastante significativa esta penalização às vésperas do Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra a Mulher (25 de novembro), num momento em que o movimento das mulheres, no mundo todo, realiza atos para denunciar esta triste realidade constatada em todos os países”, observou a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Fernanda Lopes.

Sousa foi afastado da vice-presidência da Caixa em julho de 2022, após o caso vir à tona, mas continuou na empresa por ser funcionário de carreira. Com a demissão, ele também está proibido de exercer cargo comissionado por 8 anos.

O caso foi revelado pelo site “Metrópoles” em matérias sobre episódios de assédio sexual por parte de Pedro Guimarães entre 2021 e 2022. O blog mostrou como o então presidente transformou o assédio em modelo de gestão, com auxílio de aliados como Sousa. Em 2023, Guimarães virou réu por sete acusações de assédio sexual e oito de importunação.

Canal de denúncias – A demissão acontece após a conclusão de um processo conduzido pela própria CGU, dada a complexidade do caso e a hierarquia da autoridade envolvida. A correição foi aberta a partir de diversas denúncias no canal Contato Seguro da Caixa, relatando perseguições a empregados, destituições de cargos sem justificativa e assédio sexual.

A apuração verificou o assédio moral caracterizado por tratamento desrespeitoso, humilhação, ameaça e constrangimento das vítimas.

Também foi confirmado o assédio sexual com emprego, ainda, de constrangimento e intimidação, como elogios inapropriados, insinuações e convites insistentes e impertinentes.

Fontes: Seeb-Rio / Contraf-CUT

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