VÍNCULO 1587 – A Diretoria Executiva do BNDES informou nesta quinta-feira (28) que, considerando a proximidade do término do Programa Piloto de Trabalho Híbrido, em 05/04/2024, deliberou sobre a sua prorrogação até o ingresso de novos(as) empregados(as) mediante seleção pública de pessoal, observadas as seguintes condições:
“a) extinção do Programa Piloto de Trabalho Híbrido da Área de Tecnologia da Informação, concedendo-se prazo de transição para migração para o modelo geral detalhado abaixo;
b) prorrogação do Modelo PcD de Trabalho Híbrido; e
c) prorrogação do Modelo de Trabalho Híbrido aprovado para os(as) estagiários.
O prazo de transição para migração ao modelo geral pelos(as) empregados(as) da ATI que faziam uso de regime diferenciado de trabalho híbrido, conforme autorizava a IS DIR1 nº 08/2023-BNDES, será de 30 (trinta) dias, contado a partir de 06/04/2024.
Por fim, foram mantidas as Diretrizes Gerais para o Programa:
1. dia de trabalho presencial obrigatório às quintas-feiras;
2. não cumulatividade de segunda e sexta-feira como dias de trabalho remoto;
3. não alteração do dia de trabalho remoto em função de feriado; e
4. necessidade de prévia combinação com gestor(a) imediato(a) e ciência ao(à) Chefe de Departamento e ao(à) Superintendente no caso de flexibilização dos dias de remoto dentro da mesma semana.
Além dessas condições gerais, cada diretor(a) poderá acordar condições específicas com suas respectivas Áreas.”
► Comunicado da Comissão dos Empregados sobre o Trabalho Híbrido e o Acordo de Jornada de Trabalho no BNDES
Foi divulgado na quarta-feira (27) um Comunicado da Comissão dos Empregados em relação à negociação do Acordo Coletivo da Jornada de Trabalho. Confira a seguir:
1. A principal demanda para o Acordo de Jornada de Trabalho (AJT) apresentada pelos empregados do BNDES na Assembleia Geral Extraordinária de 28/06/2023 foi a regulamentação do Trabalho Híbrido.
Após sua aprovação na AGE, a Comissão dos Empregados enviou para o BNDES a proposta relativa ao AJT. Contudo, a negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) de 2023 tornou difícil o avanço da negociação do Acordo de Jornada.
Em 30 de junho de 2023, a Comissão de Negociação das Empresas do Sistema BNDES informou que o AJT 2021-2023 seria prorrogado até o final das negociações do ACT, “mantendo-se vigentes as exatas condições estabelecidas em suas cláusulas”.
A Administração à época também argumentou que antes da conclusão do piloto não estaria pronta para fazer discussões sobre o Trabalho Híbrido. A Comissão dos Empregados compreendeu o argumento do Banco.
2. Em 4 de março de 2024, por iniciativa da Comissão dos Empregados, retomamos a negociação do AJT. Realizamos, até agora, duas reuniões de negociação. Conversamos também sobre o tema com a diretora de RH e com o superintendente de TI.
3. O piloto do Trabalho Híbrido está vencendo em 5 de abril. Durante a negociação, deixamos claro para a Administração que esse piloto deveria ser estendido por um período de pelo menos um mês para que possamos discutir, de maneira adequada, a nova proposta de Trabalho Híbrido. Ainda não nos foi apresentado nem mesmo o diagnóstico sobre o piloto ainda em vigor.
Alterar o híbrido, no meio da discussão do AJT, sem nenhuma discussão com os representantes dos empregados, seria um erro grave – não condizente com os compromissos com o diálogo na Casa que vêm sendo reiterados pela atual Administração. Os representantes do Banco sinalizaram que compreendem nossa demanda.
4. Com base nas conversas que tivemos, defendemos que a experiência do Trabalho Híbrido no BNDES é bem sucedida – e que pode e deve avançar em benefício do corpo funcional e da instituição.
Sobre a experiência específica na ATI, pretendemos realizar mais conversas com os executivos e os empregados. Entendemos que se trata de um experimento que atingiu um número pequeno de funcionários, mas registramos que o que soubemos até o momento parece muito interessante. O Trabalho Híbrido deveria avançar e não recuar no Banco!
5. No nosso entendimento, se o modelo do híbrido não for completamente regulamentado dentro do novo AJT, pelo menos alguns de seus parâmetros mais fundamentais – como o mínimo de dias remotos por semana – deveriam ser fixados.
Somos sensíveis às preocupações administrativas, no que se refere a treinamento, ambiente e produtividade do trabalho. A defesa do BNDES como instituição de excelência é compromisso também de seus empregados, mas precisamos apreciar diagnósticos embasados. Tivemos que arrancar no último AJT, com a Administração anterior, o compromisso de introdução do trabalho híbrido. Não aceitamos à época argumentos vagos, moralistas e preconceituosos sobre o trabalho remoto – e não aceitaremos agora.
6. Até o momento, não vislumbramos a impossibilidade de alcançarmos um entendimento com a atual Administração, mas precisamos de tempo para chegar lá.
7. Tudo o que a Associação comunica aos empregados é pensado, pesquisado e discutido. Divulgação de boatos, difusão de pânico, são contraprodutivos aos interesses coletivos e à estratégia negocial. Passamos por anos de negociações dificílimas mantendo basicamente inalterada nossa estrutura de benefícios e garantias que, ao nosso ver, são fundamentais para o BNDES continuar sendo a instituição de excelência que é.
Reformamos nossa previdência, mantivemos a estabilidade, garantimos um plano de saúde sem ônus, recebemos reajustes salariais todos os anos, preservamos a estrutura da AFBNDES. Tudo isso em meio a um dos maiores ataques institucionais que uma instituição pública já sofreu. Nada disso teria sido possível sem a unidade dos benedenses. Os empregados do BNDES aprenderam muito nesse período. Confiamos nisso. Temos convicção de que chegaremos dessa forma a um bom termo na negociação do AJT e do Trabalho Híbrido no Banco.
Comissão de Negociação dos Empregados do BNDES/Contraf-CUT/Seeb-Rio/AFBNDES/AFFINAME/AFBNDESPAR